quinta-feira, dezembro 27, 2012

Tegner's Drapa


Estes versos estão associados com a experiência de conversão de C.S. Lewis: "Balder the Beautiful 
Is dead, is dead!". Li um comentário a respeito, en passant, e acabei me interessando pelo poema de Longfellow. O poema exprime com belo lirismo o ocaso dos deuses pagãos e indica, calmamente, a chegada desses últimos dias, a era do Cristo.

Tegner's Drapa

Henry Wadsworth Longfellow

I HEARD a voice, that cried,
"Balder the Beautiful
Is dead, is dead!"
And through the misty air
Passed like the mournful cry
Of sunward sailing cranes.
I saw the pallid corpse
Of the dead sun
Borne through the Northern sky.
Blasts from Niffelheim
Lifted the sheeted mists
Around him as he passed.

And the voice forever cried,
"Balder the Beautiful
Is dead, is dead!"
And died away
Through the dreary night,
In accents of despair.

Balder the Beautiful,
God of the summer sun,
Fairest of all the Gods!
Light from his forehead beamed,
Runes were upon his tongue,
As on the warrior's sword.

All things in earth and air
Bound were by magic spell
Never to do him harm;
Even the plants and stones;
All save the mistletoe,
The sacred mistletoe!

Hoeder, the blind old God,
Whose feet are shod with silence,
Pierced through that gentle breast
With his sharp spear, by fraud,
Made of the mistletoe!
The accursed mistletoe!

They laid him in his ship,
With horse and harness,
As on a funeral pyre.
Odin placed
A ring upon his finger,
And whispered in his ear.

They launched the burning ship!
It floated far away
Over the misty sea,
Till like the sun it seemed,
Sinking beneath the waves.
Balder returned no more!

So perish the old Gods!
But out of the sea of Time
Rises a new land of song,
Fairer than the old.
Over its meadows green
Walk the young bards and sing.

Build it again,
O ye bards,
Fairer than before;
Ye fathers of the new race,
Feed upon morning dew,
Sing the new Song of Love!

The law of force is dead!
The law of love prevails!
Thor, the thunderer,
Shall rule the earth no more,
No more, with threats,
Challenge the meek Christ.

Sing no more,
O ye bards of the North,
Of Vikings and of Jarls!
Of the days of Eld
Preserve the freedom only,
Not the deeds of blood!

Peço desculpas

Por algum motivo que desconheço, o blogger me manda notificações de comentários com meses de atraso. Peço desculpas aos comentadores, cujos comentários estão agora devidamente publicados. Estou sinceramente constrangido. Fique então registrado para quem por acaso voltar a este sítio aquilo que passou.

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Não-natal

O natal passou sem grandes acontecimentos. O jantar foi excelente, queijos e vinhos, mas tomei cerveja a noite toda. O peru deu logo sono e, feito cachorros magros, A. e eu nos desculpamos e fomos para casa. E mesmo sem nada interessante a dizer, achei por bem escrever algo, a fim de que 2012 não passasse em branco.

Foi um ano esquisito. Começou sem saber para onde A. e eu íamos os mudar. Comecei a trabalhar à noite e descobri que não me convém. É a vida. Depois veio a mudança e nossa extraordinária e cansativa jornada pelo sudoeste americano até a costa oeste. Saímos de Dallas e fomos parar (quatro dias depois) perto da capital da Califórnia, onde montamos acampamento (ou melhor, montamos apartamento, embora se pareça com um acampamento no mais das vezes). Não vimos o Grand Cânion, Vegas é, nas palavras da querida Leila Amadori, deprimente. Especialmente se você se hospeda no final da strip, lá onde "o filho chora e a mãe não vê". Mal chegamos e lancei-me ao novo trabalho, braçal porém honesto, enquanto tratamos de fazer o possível para acostumar os sentidos aos novos ares e às novas paisagens. É muita beleza para engolir de uma vez só. Aliás, numa coisa a Califórnia é como o Brasil: natureza cativante, porém o povo quer ser mais comunista que o Che.

Essa correria de um ano inteiro me deixou desgostoso. Um dia desses fiquei pensando em algumas coisas que gostaria de fazer para médio e longo prazo. Parecem tão distantes. Uma delas, talvez a mais simples, era voltar a escrever aqui.Quanto me falta para ser quem eu gostaria! (Tenho até medo de voltar a ler esta página e descobrir que ainda sou um adolescente aborrecido e choramingador como era a tantos anos atrás). Meu mal é apatia. Falta de vontade. Não faço cada que não seja por obrigação, e aí acabo fazendo de má vontade. Mentira, faço coisas por gosto sim, mas não com a concentração que mereciam. Ah, nem tudo é ruim, mas só por hoje acaba sendo. Só por hoje.

Perdoem o mau-humor, mas essa chuva, esse Sauvignonese, botam a gente irritado como um cão.