É chegada a noite de sexta feira. Difícil crer que seja o caso, pois o Sol continua a reinar e obfuscar os demais astros no céu, e a brisa sopra quente sobre a cidade. O tempo inclemente, seco, quente e opressivo de Dallas obriga seus habitantes a buscar o refúgio de seus aparelhos de ar condicionado, onde quer que se encontrem.
Não há quase vagabundos ou loucos mendicantes na cidade. Se não basta para afastá-los o sol inclemente, também não encontram aqui calçadas pelas quais vagar, nem praças onde repousar. As ruas mostram assim a limpeza de um lugar estéril. Para encontrar fida por aqui, seja ela humana ou animal, deve-se procurar um dos shopping centers - estrangeirismo infeliz, uma vez que os anglófonos preferem chamá-los de "malls".
Estamos contentes em procurar o refúgio do lar, ao abrigo do sol e da falta de vida nas ruas. As ruas foram feitas para carros, não para gente. E há carros de sobra para encher os olhos de qualquer transeunte. É um prazer ser motorista em Dallas. As ruas exibem uma perfeita ordem, fazendo circular de forma harmoniosa sua corrente de sangue, metal e borracha. São ruas largas, prontas para receber os "trucks" que os texanos insistem em conduzir embora a maioria já tenha deixado as fazendas e ranchos faz muitas gerações.
Durante a semana, todos trabalham. Possivelmente trabalham demais. Nos fins de semana, os habitantes da cidade saem de suas casas, montados em suas caminhonetes (ainda maiores no Texas do que no resto do mundo) e afluem para os bares, restaurantes, clubes de strip-tease (há quem sustente terem sido inventados aqui), malls, cinemas e igrejas, muitas igrejas. O cinturão bíblico, que tem em Dallas uma de suas áreas mais representativas, produz santos e pecadores em desabalada medida. Para fazer um santo, é necessário um pecador, a fé, a graça e o Cristo. Sem o pecador não há o santo, e pecadores há em profusão, e uma profusão proporcional de igrejas a interceder por tanto pecado.
É necessário muito trabalho, muito pecado, muito perdão e santidade para que Dallas permaneça, dia após dia, ao abrigo do sol.
Não há quase vagabundos ou loucos mendicantes na cidade. Se não basta para afastá-los o sol inclemente, também não encontram aqui calçadas pelas quais vagar, nem praças onde repousar. As ruas mostram assim a limpeza de um lugar estéril. Para encontrar fida por aqui, seja ela humana ou animal, deve-se procurar um dos shopping centers - estrangeirismo infeliz, uma vez que os anglófonos preferem chamá-los de "malls".
Estamos contentes em procurar o refúgio do lar, ao abrigo do sol e da falta de vida nas ruas. As ruas foram feitas para carros, não para gente. E há carros de sobra para encher os olhos de qualquer transeunte. É um prazer ser motorista em Dallas. As ruas exibem uma perfeita ordem, fazendo circular de forma harmoniosa sua corrente de sangue, metal e borracha. São ruas largas, prontas para receber os "trucks" que os texanos insistem em conduzir embora a maioria já tenha deixado as fazendas e ranchos faz muitas gerações.
Durante a semana, todos trabalham. Possivelmente trabalham demais. Nos fins de semana, os habitantes da cidade saem de suas casas, montados em suas caminhonetes (ainda maiores no Texas do que no resto do mundo) e afluem para os bares, restaurantes, clubes de strip-tease (há quem sustente terem sido inventados aqui), malls, cinemas e igrejas, muitas igrejas. O cinturão bíblico, que tem em Dallas uma de suas áreas mais representativas, produz santos e pecadores em desabalada medida. Para fazer um santo, é necessário um pecador, a fé, a graça e o Cristo. Sem o pecador não há o santo, e pecadores há em profusão, e uma profusão proporcional de igrejas a interceder por tanto pecado.
É necessário muito trabalho, muito pecado, muito perdão e santidade para que Dallas permaneça, dia após dia, ao abrigo do sol.