sábado, setembro 28, 2013

mens sana in corpore sano

Estive conversando com meu pai hoje á tarde (porém à noite para ele, que não está no pacific time) acabamos falando sobre as malcriadas novas gerações, as quais ele muito corretamente observou serem menos rijas que as precedentes, menos determinadas para o trabalho. A esse propósito, não sei bem em que ponto do papo, papai citou um brocado latino para lá de conhecido, o qual creio fazer muito sucesso entre os entusiastas da saúde, num contexto certamente mais elevado do que normalmente de faz nos periódicos sobre fitness e nos programas de TV. Seja lá como for, não sabíamos quem era o autor da preciosa frase, de modo que aproveitei a chance para mostrar os poderes de meu I-Phone 5, capaz de, ao mesmo tempo, ligar para o Brasil e pesquisar informações sobre autores clássicos. Deu certo. Traduzi o texto que encontrei na Wikipédia (é brincadeira, não é?) com a frase e o resto dos versos que se seguiam, ao telefone mesmo, e papai gostou tanto que pediu (ou eu ofereci) que eu mandasse o trecho do poema para ele, com cópia para mamãe. Depois de uma breve interrupção (fui buscar minha esposa querida no trabalho), pus mãos à obra.

Embora descoberto o autor e o poema de onde foi extraída a frase, não encontrei um raio de uma tradução portuguesa do danado na internet (e como já sabemos todos, se não está na internet, é porque não existe). Diante do exposto, não conhecendo do latim mais que uns parcos brocados e uns dois casos mal digeridos, tenho que traduzir o famoso trecho partir do inglês e do espanhol, enquanto o festejado autor Decimus Junius Juvenalis, Juvenal para os íntimos, se revira em seu milenar e respeitável túmulo. Convido os latinistas e os dublês de latinistas a oferecerem uma tradução melhor, para substituir esta que segue, and, please, be kind.

Sátira X: 355-360

"deves rezar por uma mente sã em um corpo são.
Peça por uma alma corajosa sem medo da morte,
que considere a longa vida um presente da natureza,
que suporte quaisquer sofrimentos, não conheça a ira, nada cobiçe e creia
serem as dificuldades e insólitos trabalhos de Hércules melhores que o prazer sexual, as comidas e as plumas de Sardanapalo.
Mostrarei o que podes dar-te a si mesmo. O único caminho para a vida tranqüila que temos desde logo ao nosso alcance é a virtude."

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